
Fonte: http://blogs.hbr.org/schwartz/2011/12/how-to-accomplish-more-by-doin.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
Antes de começar o texto, quero deixar claro que sou apartidário e não defendo nenhuma religião ou crença, apenas acredito que se temos a oportunidade de pensar e interagir entre os seres humanos temos a obrigação de evoluir a espécie para os outros que virão. Tudo que está escrito neste texto alguém já escreveu ou me falou durante a minha vida, não tem nada de original neste texto, apenas a atitude e vontade de registrar.
Acredito que estamos vivendo um momento mágico no Brasil e no mundo, um momento onde as pessoas precisam posicionar-se, sair de cima do muro e mostrar no que realmente acreditam. Pensando em termos de Brasil, um país jovem comparado aos antigos orientais e europeus que colonizaram boa parte do mundo, o nosso desafio para rompermos vícios e hábitos entranhados em nossa alma são bastante difíceis e requerem um enorme esforço e principalmente efetividade. É nas ações do dia-dia repetidamente que formamos os nossos hábitos que por consequência forma a nossa personalidade e nosso caráter. Pois bem, mas qual é a motivação para mudarmos as nossas ações? Precisamos estar entusiasmados, querendo de fato mudar, a mudança é de dentro para fora e não de fora para dentro.
Um exemplo disto são as religiões evangélicas no Brasil que fazem realmente um milagre com milhares de pessoas, pois elas fazem com que as pessoas despertem para acreditar em si, criar uma causa, uma crença, um propósito de vida para si, para a família, trabalho ou negócios. É simples e objetivo e funcionam muito bem, eles conseguem acessar os modelos mentais das pessoas com uma grande facilidade e isto salva milhões de pessoas no Brasil. Imaginem quantas pessoas estariam nas ruas, drogadas, desempregadas, famílias desencaminhadas se não tivessem estas religiões? Devido ao nível de educação de que temos no Brasil, e demoraremos muito ainda para mudar, acredito que estas religiões fazem um papel importante na sociedade, porém não concordo com o seu propósito e a forma que conseguem seus objetivos, enfim, é uma discussão para outro texto.
Não acredito que eu seja o único brasileiro com esta impressão, vocês não tem a impressão que falta pragmatismo no Brasil? Que é um bla bla bla e nada acontece? Que ninguém é responsável por nada? A copa do mundo e olimpíadas está aí e ninguém assume nada. Que a maioria dos políticos age e defende os interesses na seguinte ordem: os seus interesses, das empresas lobistas, dos políticos mais influentes e do partido? Que a maioria dos políticos não tem um objetivo definido, uma causa, uma crença? Que a maioria dos políticos não sabem o que é resultado a médio e longo prazo (exceto a sua próxima eleição!)? Que a maioria dos políticos utilizam os recursos para seu enriquecimento o mais rápido possível enquanto durar o mandato? E por fim, que a maioria dos políticos não tem educação e ressalto que educação neste caso não tem relação com formação e sim adquirir tudo o que necessita para alcançar o seu objetivo principal na vida, sem violar os direitos dos semelhantes.
Existem líderes e aqueles que lideram, os líderes tem uma posição de poder, neste caso os políticos. Os que lideram são os que inspiram e são seguidos não por ser um líder ou por ter poder e sim porque as pessoas acreditam na sua causa, no seu propósito, na sua crença, enfim, no seu por quê de existir. Os políticos como líderes e pessoas que deveriam liderar precisam tomar conhecimento do poder da liderança e sua responsabilidade e começar a exercer o mais rápido possível para alinhar o Brasil no rumo do crescimento sustentável que é em minha opinião alavancado pela mudança dos hábitos que irá mudar a cultura e visão de longo prazo. Nossos políticos precisam ser pastores do grande Brasil para que todo o povo esteja com as mentes em perfeita harmonia para o desenvolvimento sustentável para atingirmos o nosso objetivo de país. Aliás, qual é a nossa missão como país?
Após esta introdução que expressa o meu modo de ver as coisas, eu pensei em algo simples, que todo política poderia pensar e refletir antes de tomar qualquer decisão ou até iniciar na carreira política. Pensei comigo: “Precisa ser algo simples, direto, chega de códigos de ética, conduta, leis, etc...”. Então baseado em tudo que já li e pensei sobre o assunto referente aos últimos anos de minha vida, criei o que chamei de 3 regras de ouro para um bom político. Ela servirá para os políticos refletirem e quiçá aplicarem no dia-dia para transformar as suas ações e se mantendo com este propósito se tornar um hábito e por consequência transformará a sua personalidade e seu caráter. O mais interessante que após uma renovação de personalidade, influenciamos as pessoas na nossa volta e dificilmente aceitamos as pessoas que não compartilham os mesmos valores. Antes de apresentar as 3 regras de ouro é importante que o político se questione para descobrir o motivo que o fez ser político, o que o motiva a acordar todos os dias, segue abaixo algumas perguntas que precisam estar muito claras para todos os políticos.
Por que eu sou político? Que sonho eu estou realizando? Qual é a causa que eu defendo? Qual é o meu principal objetivo na vida? Por que eu fui eleito?
Estas respostas são obrigatórias, caso algum político não consiga responder ele não é digno de estar representando o interesse do povo. Respostas como: “Eu sou político para ajudar o meu estado, quero ser o político mais conhecido da minha região, ...” Estão erradas, pois estão com o foco no RESULTADO e não da CAUSA. É preciso que o político acredite muito na sua causa, no seu objetivo de vida, na sua crença para que as pessoas acreditem nele e assim ele será lembrado, caso contrário, será como a maioria que só pensa no resultado. Se cada político levantar uma bandeira, uma causa, um objetivo bem definido, por exemplo: educação básica de qualidade, saúde de qualidade para os idosos, controle da natalidade efetivo e educativo, etc.. tenho absoluta certeza que o Brasil seria mais propositivo e pragmático nas suas ações.
Seguem abaixo as 3 regras de ouro para um bom político seguir em qualquer ação que fizer em sua vida pública. Trata-se de perguntas que o político deve fazer e refletir antes de agir, é um processo de transformação e não pode ser delegado a ninguém, tem que ser feito pelo político e somente por ele:
1. Por quê?
Estou atendendo o meu objetivo principal definido? Estou atendendo a minha causa? Estou de acordo com as minhas crenças? Não estou usando motivação pessoal, política, partidária ou influência de alguma empresa privada na minha decisão? Estou agindo em prol do desenvolvimento do Brasil?
2. Como?
Está correta e ética a minha atitude? Estou seguindo o procedimento correto e não estou usando artifícios para mascarar outros objetivos pessoais, políticos, partidários ou de interesses de empresas privadas? Os meus valores e minhas atitudes são dignas para representar o povo? Estou consciente dos resultados da minha atitude para mim, minha família e para o Brasil?
3. O quê?
Minha ação será objetiva e pragmática e não irá gerar perda de tempo e de foco para o Brasil? A ação proposta é exequível e se encaixa nas grandes áreas e objetivos do Brasil como Saúde, Educação, Segurança, entre outras? A minha ação tem recursos e um projeto bem definido? Minha ação poderá ser controlada até a sua finalização? Existem um responsável relacionado a minha ação (no caso de projeto)? Esta ação tem sentido e faz parte deum projeto maior de médio ou longo prazo ligado aos objetivos do Brasil? Acredito e vou me esforçar na realização desta ação para gerar benefícios para o Brasil?
As 3 regras de ouro para um bom político são um esforço e uma reflexão que estou fazendo nos últimos anos sobre o comportamento dos políticos brasileiros. Se um político um dia ler este texto e se sentir motivado a fazer um Brasil melhor eu já terei cumprido a minha missão que planejei ao escrever este texto.